Shalom para todos!
No ano de 312, após a vinda do Mashiach, Constantino, imperador romano, se “converteu” ao cristianismo e avocou o direito de representar toda a igreja do Mashiach Yeshua.
Gradativamente esta liderança romana começou a desviar a igreja das suas raízes e expressar a sua real intenção, a de usar este poder para alcançar metas meramente relacionadas com interesses deste mundo.
A igreja que havia sido separada do mundo para servir a D’us, voltou para o mundo para servir os interesses de homens políticos e ambiciosos.
A primeira coisa a fazer foi afastar a igreja de Israel e da cultura bíblica judaica, voltando as atenções para Roma e para a cultura greco-romana. O segundo passo foi o sincretismo religioso, que trouxe para a igreja os símbolos, as festividades e os costumes pagãos disfarçados por uma aparência “cristã”, a fim de ‘converter” o maior número de pessoas.
Na verdade, esta estratégia tinha a intenção de conquistar o maior número de adeptos para a nova religião, a fim de que fosse consolidado o poder temporal desta organização.
Foi justamente nesta época, que as primeiras sementes do anti-semitismo moderno foram semeadas. Israel, Jerusalém e a cultura bíblica judaica teriam de ser colocadas de lado, para que Roma e um pseudo-cristianismo emergissem. Esta igreja romana fez na verdade uma reforma no paganismo, substituindo ídolos e costumes pagãos antigos por novos ídolos e costumes, que embora tivessem uma aparência nova, tinham suas raízes na idolatria e nos costumes mundanos.
Traçando de forma resumida o desvio, destaca-se o Concilio de Nicéia, onde Marcião afirmou que qualquer cristão que possuísse símbolos judaicos seria cúmplice da morte de Yeshua.
Após isto, investiram em Roma como o “Israel de D’us”. Crisóstomo colocou a base para a falsa doutrina da substituição, ao afirmar que a igreja romana (cristãos) era o verdadeiro Israel de D’us e consequentemente o povo judeu perdera este direito ao rejeitar o Mashiach (Messias). Veremos adiante que esta doutrina não tem fundamentos bíblicos, porque segundo a Palavra de D’us, o povo judeu, embora seja punido quando é desobediente ao Eterno, nunca será rejeitado completamente.
Em 431 é instituído o culto a Maria (mariolatria), curiosamente no concílio de Éfeso, cidade da Ásia, que antes de se converter ao cristianismo tinha o maior culto a uma entidade feminina, conhecida como Diana dos efésios.
Em 454, através de concilio, o Papa Xisto IV substitui o sábado (shabat) pelo domingo, como se um sacramento instituído por uma organização humana pudesse substituir um estatuto perpétuo do Eterno.
Em 787 começou o culto ás imagens e o cristianismo desceu a um nível lastimável, cometendo algo que é abominável para D’us, a idolatria. Mais enganos foram introduzidos, como a festa do Natal que está destituída de qualquer respaldo bíblico e histórico, porque Yeshua nasceu entre setembro e outubro, na Festam de Sucot (tabernáculos), segundo o turno dos sacerdotes, que é calculado a partir de Zacarias, o pai de João, que ficou conhecido como João Batista.
Mil e quinhentos anos de desvios, até que Martinho Lutero, um sacerdote católico agostiniano, com o apoio dos príncipes da Alemanha, guiou a reforma protestante.
Como o próprio termo usado, Martinho Lutero fez uma reforma, e longe do caráter de uma Restauração, manteve muitas doutrinas romanas na sua nova teologia e em especial na forma de ver o povo judeu.
É inegável o valor da reforma, pois abriu um espaço para mudanças e trouxe mais uma vez vida para a igreja do Mashiach. Eliminou também a idolatria, que como já foi mencionado é uma abominação para o Eterno, o nosso D’us.
Mas não foram apenas benefícios, pois Martinho Lutero também contribuiu bastante para anti-semitismo, e ao invés de levar a igreja de volta para Israel, ficou no meio do caminho, trazendo prejuízos à geração atual.
Se a igreja romana fez uma reforma no paganismo, poderíamos dizer que Martinho Lutero fez uma reforma na igreja romana, que ficou conhecida como a reforma protestante. A partir daí a igreja do Mashiach fez inúmeras outras reformas, e vive em nossos dias uma multiplicidade de estilos, doutrinas, teologias e costumes.
Chegamos à conclusão de que não há mais lugar para reformas, pois como Yeshua disse certa vez, não se costura remendo de pano novo em veste velha, nem se põe vinho novo em odres velhos, pois em ambos os casos, tanto o pano novo como o vinho novo, são desperdiçados (Marcos 2:21,22).
Agora é tempo para restaurar, retornar às raízes bíblicas judaicas e ter o referencial correto, ou seja, a Palavra de D’us no contexto original e o exemplo da Igreja do primeiro século.
Que o Eterno nos abençoe e nos guarde dos erros desta geração!
O famoso Concílio de Nicéia (325 d.C.), com sua teologia que considerou “heresia” toda a forma de judaísmo, estabeleceu as bases e as leis que deram forma e construíram a IDENTIDADE DO CRISTIANISMO.
O Concílio de Antioquia (341 d.C.), PROIBIU OS CRISTÃOS (os do Partido do Messias, os gentios crentes), de celebrarem a Páscoa com os judeus, alterando a data e a liturgia da celebração.
O Concílio de Laodicéia (364 d.C.), PROIBIU OS CRISTÃOS (os do Partido do Messias, os gentios crentes) de observarem o Shabat (Sábado do Senhor), oficializando o domingo como o ‘Dia do Senhor’, em contrapartida.
Algumas das declarações dos chamados "pais da igreja":
Justino Mártir: 100 - 165
Acusou os Judeus de iniciarem a matança de Cristãos.
"Se alguém, por fraqueza de espírito, resolver observar as instituições como foram entregues a Moisés, e das quais esperam alguma virtude, mas que julgamos terem sido indicadas em razão da dureza dos corações, juntamente com sua esperança neste o Messias, e desejarem cumprir os eternos e naturais atos de justiça e piedade, mas optam por viver com os Cristãos e os fiéis conforme declarei anteriormente, não os introduzindo a serem circuncidados como eles próprios, ou a observarem o Shabat, ou a observarem qualquer outra cerimônia, sou da opinião que nos devemos reunir a eles e nos associarmos a eles em todas as coisas, como parentes e irmãos.”
Marcion: 110-160
“Qualquer Cristão que utilizasse um símbolo judaico, um nome judaico, ou realizasse qualquer celebração judaica, seria considerado cúmplice da morte de o Messias juntamente com os Judeus.”
Orígenes: 185-254
Acusou o povo Judeu, dizendo que eles conspiravam para matar os cristãos;
Eusébio: 265-339
Disse que os Judeus costumavam matar as crianças dos cristãos nas cerimônias anuais..
"As escrituras judaicas são destinadas aos cristãos e não aos Judeus";
St Hilary de Potiers: 300 – 367
Disse que os Judeus eram um povo perverso, amaldiçoado por D’us;
St Ephraim: 306 – 373
Difamava os Judeus chamando de prostíbulos as suas sinagogas;
São Jerônimo (Tradutor da Vulgata): 325-378
Disse que os Judeus não são capazes de compreender as escrituras e devem ser perseguidos severamente até serem forçados a confessar a verdadeira fé;
Crisóstomo 347-407 (bispo de Antioquia -escreveu oito sermões contra o povo Judeu):
"As sinagogas são zonas de meretrício e teatro, cheio de ladrões e bestas selvagens. Os Judeus são culpados da morte de o Messias".
"Não há expiação para o povo Judeu. YHWH sempre os odiou. Os Cristãos devem odiá-los porque eles foram assassinos de o Messias e são adoradores de satanás".
Sto Agostinho: 354 - 430
"Os Judeus e a nação de Israel são apenas testemunhas da verdade do cristianismo, serviram apenas para deixar o legado da fé e da verdade cristã. Agora deveriam estar em constante humilhação quanto ao triunfo da Igreja sobre a sinagoga. Não há salvação para os Judeus. Eles já estão perdidos de qualquer forma."
"O judaísmo é uma corrupção e os Judeus devem ser escravizados".
St Cyril: 827 - 869
Deu aos Judeus a escolha de exílio, apedrejamento ou conversão.
Tomás de Aquino: , 1225 - 1274
Perpetuou a perversa teoria de Sto Agostinho.
Lutero: 1483-1546 - Publicou um folheto intitulado: “Os Judeus e as Suas Mentiras(1543)”
"Os Cristãos devem queimar as sinagogas e os Judeus. Devem tirar os livros e os Talmudes deles, pois esses contém só mentiras e blasfêmias. Devem ameaçar de morte os rabinos que ensinem. Devem proibir os Judeus de viajar. Devem obrigar os Judeus a trabalhar em serviço manual e não adquirirem profissão".
"Os Judeus são arrogantes, teimosos e de coração de ferro como demônios".
{Martin Luther, "On the Jews and Their Lies" (1543), Traduzido por Martin H. Bertram, editado por Franklin Sherman, vol.47, pp. 121-306, em Luther's Works, de Jaroslav Pelikan e Hehnut T. Lehmann ( Filadelfia,. Fortress Press e St. Louis, Concórdia Publishng House, 1962-1974).
Abaixo um excerto das pp. 268-278:
"Que faremos, nós Cristãos, com este povo rejeitado e condenado, os Judeus?".
...Vou dar-lhes o meu conselho sincero: primeiro, atear fogo às suas sinagogas, em honra ao nosso Senhor e à cristandade, de modo que YHWH veja que somos Cristãos... Aconselho que as suas casas sejam arrasadas e destruídas...Aconselho que os seus livros de orações e escritos talmúdicos lhes sejam arrebatados...Aconselho que seus rabinos sejam proibidos de ensinar, sob pena de perderem a vida e serem mutilados...Acreditamos que o nosso Senhor Yeshua o Messias dizia a verdade ao falar sobre os Judeus que não O aceitaram e O crucificaram: "Sois uma raça de víboras e filhos do demônio...".
Sobre os judeus e suas mentiras (do alemão Von den Juden und ihren Lügen) é um tratado escrito em Janeiro de 1543 pelo teólogo protestante Martinho Lutero em que defende a perseguição contra os judeus, a destruição de seus bens religiosos, assim como o confisco do seu dinheiro.
Ainda que inicialmente Lutero tenha tido uma visão mais favorável dos judeus, a recusa destes a se converter ao movimento protestante que se iniciara, levou Lutero a adotar diversas acusações e incentivar a um anti-semitismo que, juntamente com outras obras e idéias, pode ter servido de base ao nazismo (o texto foi citado pelos nazistas durante o Julgamento de Nuremberg para justificar a Solução Final). Fonte: Wikipedia.
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